17 de junho de 2015

Bariloche: Nosso Perrengue no Cerro Catedral!

O Cerro Catedral é uma estação de esqui conhecidíssima que fica a 19 Km do Centro de Bariloche. Para chegar lá, pegamos um ônibus. O trajeto durou cerca de 40 minutos. Infelizmente, foi nesta linda montanha que passamos um dos maiores perrengues de toda a nossa viagem!
O lugar, além de lindo, é muito bem estruturado. Conta com hotéis e pousadas, lojas e restaurantes, um centro médico para primeiros socorros com enfermagem, raios-x e serviços de ambulância, um centro de saúde privado preparado para atender desde consultas simples até problemas ortopédicos, um centro de informações turísticas, telefones, estacionamentos, caixas eletrônicos e serviços de transporte. Para maiores informações, acesse.





A estação possui inúmeras pistas de esqui, divididas em diferentes níveis de dificuldade: as verdes são fáceis, as azuis são intermediárias, as vermelhas são difíceis e as pretas são muito difíceis. Veja aqui o mapa das pistas.


Quando chegamos lá, não sabíamos de nada disso e fomos direto ao centro de informações turísticas para ver direitinho onde poderíamos esquiar, já que éramos iniciantes. 

Só que, naquele dia, todas as pistas de esqui da cor verde, que são as indicadas para iniciantes por serem de nível fácil, estavam fechadas. 

No entanto, em nenhum momento o funcionário que nos atendeu nos falou isso. Ele disse apenas que deveríamos nos direcionar para a área azul que, de acordo com ele, era a mais indicada para nós. 

Realmente, na ausência das verdes, as pistas azuis são as mais indicadas. Ele só esqueceu de nos explicar que as pistas azuis eram de nível intermediário e que ele estava nos direcionando para elas porque a área para iniciantes estava fechada. Se ele tivesse nos explicado isso, a decisão de ir para uma área intermediária seria nossa.. A responsabilidade da escolha estaria conosco.. Mas, o que aconteceu foi que seguimos para a área azul achando que ela era a de nível fácil..

Já (supostamente) sabendo para onde deveríamos ir, compramos as entradas, alugamos os esquis e pegamos o teleférico, que era daquele estilo todo fechadinho (do jeitinho que a gente gosta!) para as pistas azuis.



Os esquis vão do lado de fora do teleférico, num suporte feito especialmente para eles.


Do teleférico, já dava para ver que as pistas eram bem inclinadas. 


Rezamos para que aquela não fosse a nossa!!! Mal sabíamos nós onde iríamos parar..

Chegando lá em cima, os próprios funcionários tiraram nossos esquis do suporte e nos entregaram. Mostramos para eles o mapa que nos deram no centro de informações turísticas e apontamos para a pista indicada pela pessoa que nos atendeu. Fomos informados de que, para chegar até ela, era preciso subir mais um pouco.

Achamos aquilo um pouco estranho.. Como que uma pista para iniciantes seria tão alta assim, a ponto de precisarmos subir dois teleféricos??

Mas, lá fomos nós de cadeirinha novamente! Desta vez, o teleférico era aberto e nós mesmos deveríamos segurar os nossos esquis até lá em cima. E foi aí que comecei a ficar nervosa.. Meus esquis não estavam totalmente seguros na minha mão, eles estavam escorregando um pouco e eu estava com medo de deixá-los cair.. E, caso isso acontecesse, poderia cair na cabeça de alguém, já que haviam pistas abaixo de nós. Além disso, fiquei pensando em como faria para sair do teleférico.. Pois descer, saltar para o lado para não ser arrastada pela cadeirinha (tudo isso com aquela bota que a gente encaixa nos esquis!) e continuar segurando os esquis (que, além de enormes, são pesados!) estava me parecendo uma missão impossível!

Na hora de descer, um dos funcionários segurou a minha mão, me deu um puxão muito forte para me ajudar a saltar da cadeirinha e acabei escorregando. Como ele não me soltou, não cheguei a cair. Mas, para quem já estava nervosa, comecei a entrar em desespero. Principalmente quando olhamos para o caminho pelo qual precisávamos passar para sair dali. Se escorregássemos, já era. Já era mesmo.. Cairíamos direto no abismo, pois não tinha proteção alguma ali. Tinha apenas aquela redinha laranja, indicando que não deveríamos ultrapassá-la.

Com muito sufoco, passamos por esse tal caminho e aí o desespero ficou maior. Olhamos para baixo e vimos que seria impossível descer aquela pista extremamente íngreme esquiando. Ao mesmo tempo, nem para voltar para a cadeirinha estávamos confiantes. Resultado: comecei a chorar. O Rodrigo foi se informar e viu que aquela área ali não era para iniciantes, mas sim para pessoas que já sabiam esquiar e tinham alguma experiência.

Nós tínhamos tido apenas uma aula de esqui e praticamos o que aprendemos apenas por algumas horas.. Sendo assim, aquela pista ali não era nem um pouco indicada para a gente.

Estávamos tão nervosos que nem lembramos de tirar foto da pista. O Rodrigo tirou apenas da vista lá de cima.. Que era linda, mas, infelizmente, mal conseguimos admirá-la.



Respiramos fundo, criamos coragem e descemos de cadeirinha. Em seguida, pegamos o teleférico fechado e chegamos lá embaixo completamente aliviados.

Decepcionados, fomos procurar pela pista para iniciantes.. Foi quando descobrimos que as mesmas estavam fechadas.

Fomos embora muito chateados. Tivemos um gasto enorme e em vão. Saímos de lá tristes pois, se tivéssemos sido avisados de que a área para iniciantes estava fechada, teríamos feito outras coisas.. Ali mesmo, no Cerro Catedral, são oferecidas outras atividades. Em último caso, daria até para esquiar novamente em Piedras Blancas.. Mas, não adiantava ficarmos nos lamentando.

Pegamos o ônibus de volta para o Centro de Bariloche e fomos direto almoçar no Cocodrilo.

Em seguida, fomos para o hotel descansar. O Rodrigo ficou arrumando as coisas e eu dormi um pouquinho. Acordei com uma dor esquisita no pulso que, a princípio, resolvi ignorar. Mais tarde, a dor aumentou e percebi que, em pouco tempo, meu pulso havia inchado. Eu não conseguia nem levantar o braço. Fiquei tentando pensar no que eu poderia ter feito para estar com essa dor e só consegui lembrar do momento em que o funcionário do segundo teleférico que pegamos no Cerro Catedral me deu um puxão (justamente pelo pulso esquerdo, que era o que estava doendo) para me ajudar a descer da cadeirinha. Eu não sabia se o motivo tinha sido esse ou se era apenas uma tendinite das brabas por eu ter feito movimentos repetitivos ao esquiar e fazer esquibunda nos dias anteriores. Mostrei para o Rodrigo e ele propôs de ligarmos para o médico do seguro que havíamos feito. 

Fomos, então, até a recepção e o Rodrigo ligou para o número do seguro referente à Argentina. Ele explicou o que eu estava sentindo para a atendente que, após confirmar alguns dados, disse que ligaria novamente para informar o tempo que o médico levaria até nosso hotel. Em alguns minutos, ela ligou e disse que dentro de meia hora a ambulância estaria chegando.

Passada uma hora, o médico chegou e eu expliquei para ele o que estava sentindo e o que havia feito naquele dia. Ele disse que, por eu estar sentindo os dedos, deveria ser apenas uma tendinite mesmo. Fui orientada a colocar gelo e a tomar um remédio para a dor. Se continuasse doendo no dia seguinte de manhã, eu deveria colocar mais gelo, tomar outro remédio depois do café-da-manhã e ligar novamente para o médico. Coloquei gelo, tomei o remédio e fomos dormir muito tristes, pois, além de termos perdido o dia no Cerro Catedral, tivemos que cancelar o  nosso passeio do dia seguinte (tínhamos fechado com o Ski Nórdico de andar de quadricículo e esquiar). 

É.. Esse, definitivamente, não foi o nosso dia!

***

Gastos do Dia (Para Nós Dois): 

1 – Ônibus (Centro -> Cerro Catedral / Cerro Catedral -> Centro): R$ 16,00

2 – Cerro Catedral (entradas): R$ 300,00

3 – Cerro Catedral (aluguel de esquis e óculos): R$ 160,00

4 – Almoço no Cocodrilo: R$ 80,00

TOTAL: R$ 556,00

 *** 

Dicas Resumo do Post: 

1 –  Se planeja esquiar no Cerro Catedral, veja com antecedência quais são os tipos de pistas existentes e qual deles é o mais indicado para você. Se tivéssemos feito isso, já chegaríamos lá sabendo que deveríamos ir para a área verde, voltada para iniciantes, e não teríamos passado pelo perrengue que passamos. 

2 – Em hipótese alguma deixe de fazer um seguro viagem, independentemente do destino! Bariloche é muito procurada por quem quer esquiar e, portanto, o seguro torna-se ainda mais indispensável! Mesmo que a pessoa tenha todo o cuidado do mundo, pode acabar se machucando! Veja o meu exemplo.. Tive uma tendinite das brabas e, se não tivesse feito o seguro, nem sei como teria resolvido! Com relação ao seguro em si, fizemos o My Assistance, da Travel Ace Assistance.



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